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domingo, 25 de outubro de 2020

Material de leitura – Planos de aula em Geografia/Nova BNCC

 Material de leitura – Planos de aula em Geografia/Nova BNCC

 

Objetivo: Compreender mudanças e importância de planos de aulas de Geografia abordadas no primeiro segmento do ensino fundamental.

 

Fonte deste material: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/79/o-que-e-o-raciocinio-geografico-e-como-desenvolve-lo-com-seus-alunos

 

 

O que é o raciocínio geográfico e como desenvolvê-lo com seus alunos?

 


A principal mudança trazida pela BNCC no Ensino Fundamental é a ênfase na aplicação do raciocínio geográfico. Mas, o que é esse conceito? Raciocínio geográfico significa entender o mundo, a vida e o cotidiano. Para isso, a BNCC detalha e articula os princípios pelos quais os estudantes podem ser conduzidos para pensar dessa forma. 

Por exemplo: ao observar fenômenos, seja um abalo sísmico, ou um desmoronamento de terras causado pelo desmatamento, todos devem ser incentivados a ter a curiosidade de entender por que aquilo acontece. Os alunos devem pensar na questão da causalidade, da localização e das condições geográficas. 

Para desenvolver esta forma de pensar o espaço, a BNCC apresenta alguns recursos que podem ser utilizados em sala de aula. Veja:

 

1. Analogia

Os acontecimentos e os fenômenos nunca ocorrem da mesma maneira em dois ou mais lugares. Há, sim, características comuns, por exemplo, que definem o que é um terremoto em qualquer lugar do mundo. Mas as consequências em cada lugar são diferentes devido às características de cada local. A disposição da construção de prédios, número de pessoas, mecanismos de proteção diverso e condições geológicas próprias influenciam o que acontecerá.

“Comparar um terremoto ocorrido em lugares diferentes usando o princípio da analogia, por exemplo, ajuda a entender as peculiaridades de cada local e, ao mesmo tempo, as potencialidades de ocorrência de um terremoto, que pode acontecer em cada lugar. A partir dessa análise, fica mais fácil entender o fenômeno”, explica Laércio Furquim, consultor do Time de Autores de NOVA ESCOLA. 

 

2. Diferenciação 

É um princípio ligado à analogia. Ajuda a entender, principalmente, as peculiaridades de cada região. Retomando o exemplo citado acima, é o raciocínio que leva a questionamentos como: por que o clima em uma região é de um jeito e em outra, de diferente? Nesse caso, são características locais que atuam. As regiões se diferenciam no conjunto de características locais.

 

3. Conexão 

O espaço geográfico é uma totalidade, composto por temporalidades e espacialidades. Em aspectos naturais e humanos, os fatos estão interligados. Há várias escalas geográficas para se trabalhar o conceito: local, regional, nacional, internacional e global. Na escala local, podemos citar aspectos naturais que estão conectados: o desmatamento de uma área, por exemplo, pode afetar o assoreamento de rios, interferir no microclima regional e até provocar mudanças na fauna. “Uma mudança na política industrial de um país, por outro lado, pode afetar sua posição na Divisão Internacional do Trabalho (DIT), com consequências para a economia local. Estamos, dessa forma, aplicando o princípio da conexão”, exemplifica Laércio.

 

4. Distribuição

Distribuição está relacionada às características naturais e de ocupação do espaço, um princípio de raciocínio que o estudante deve apropriar-se, para ler e entender o mundo de forma mais ampliada. Traz questões como: o que existe em cada lugar? Onde estão as cidades? Onde se localizam as infraestruturas, como as torres de internet? Por onde passam as estradas? Onde há serras, rios e solos férteis? Essas e outras perguntas ligadas a esse princípio são importantes para ajudar a definir o espaço.

 

5. Extensão 

O princípio deve levar o estudante a pensar sobre o espaço, sob uma outra perspectiva. Nessa análise, cabem questionamentos como: um fenômeno ocorre de onde até onde? Onde começa e onde termina? Qual é o tamanho de um município? Qual é a extensão territorial de uma enchente? Até onde chega uma floresta? Quantos hectares tem um latifúndio e quantos hectares tem uma pequena propriedade camponesa? 

 

6. Localização

Como o próprio nome indica, está relacionado à noção de identificação no espaço de cada objeto territorial. Nesse aspecto, vale diferenciar com os estudantes o lugar de local. “O local é o referenciamento frio, feito pelas coordenadas geográficas, ao qual esse princípio se refere. Já o lugar se estabelece pelas relações sociais que ali se firmam. É determinado pela identidade, pela afetividade e pelo sentimento de pertencimento.”, explica o assessor educacional.

 

7. Ordem

Trata-se de um olhar sobre o ordenamento territorial, que se relaciona com os usos do território. Para que os estudantes coloquem em prática esse princípio, é preciso conduzi-los a uma análise sobre decisões política e de planejamento territorial, que implicam na passagem de uma determinada estrada por uma localidade específica e não por outra. O princípio também está relacionado aos fins políticos que influenciam obras e construções e que estimulam migrações.

 


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