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domingo, 13 de junho de 2021

O QUE MUDA EM HISTÓRIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

 Fonte:https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/86/o-que-muda-em-historia-para-o-ensino-fundamental


O passado deve dialogar com o presente. Esse é um dos pontos principais que a BNCC traz para o ensino de História. De acordo com a Base, é preciso “transformar a história em ferramenta a serviço de um discernimento maior sobre as experiências humanas e das sociedades em que se vive”. Sendo assim, os alunos não devem apenas aprender sobre os fatos de maneira distante ou fora de contexto a outros fenômenos e, principalmente, do próprio presente.

O que isso significa?

Isso significa que através de processos, como os cinco propostos pela Base, os alunos devem ser estimulados a fazer uma leitura crítica dos fatos históricos. Para que isso aconteça, é essencial que todos sintam-se motivados a partir dos conhecimentos que adquirem nas aulas, a formularem perguntas sobre o passado e sobre o presente. Os alunos devem ser incentivados a apresentarem suas hipóteses e interpretações acerca dos fatos para questionar e confrontar o conhecimento histórico pré-estabelecido.

Por isso, é preciso planejar aulas que permitam que os conhecimentos do professor se transformem em instrumentos de construção do saber, com espaço para uma postura ativa dos estudantes diante de suas aprendizagens.

Veja quais são os cinco processos e como aplicá-los: 

Identificação 

O que é: O processo de reconhecimento de uma questão ou objeto a ser estudado.

Como conduzir o aluno nesse processo: A partir da formulação de perguntas como:

1. "O que é?
2. "Como é possível descrevê-lo?”
3. “Como pode ser lido?”
4. “Que conhecimentos precisam ser mobilizados para reconhecer o objeto?”
5. “A quais componentes culturais ele está intrinsecamente ligado?”
6. “Qual é o sentido que nossa cultura atribui a ele?”

Um exemplo: No início do processo de pesquisa sobre uma questão histórica, ao tomar contato com um objeto, é possível reconhecer em detalhe a sua linguagem. Identificar um mapa ou uma planta ou até mesmo ler uma escala são atividades recomendadas nessa etapa. Identificar é também desnaturalizar a visão que se tem de determinado objeto de estudo, tentando apenas vê-lo como é, sem a “interferência” dos componentes culturais.


Comparação

O que é: Conhecer o outro percebendo suas semelhanças e diferenças. Ao comparar, crianças e jovens podem ter uma melhor compreensão dos fenômenos, dos processos históricos e das fontes documentais.

Como conduzir o aluno nesse processo: Apresentando fatos históricos correlacionados, de modo que o aluno possa ampliar seus conhecimentos em relação a outros povos e de  seus costumes específicos. O pensamento articulado entre as dimensões do ‘eu’, do ‘outro’ e do ‘nós’ preparam os alunos para enfrentar situações marcadas pelo conflito ou pela conciliação, estimulando também o respeito à pluralidade cultural, social e política.

Um exemplo: No ano de 1500, a cidade do México Tenochitlán tinha entre 500 mil e 1 milhão de habitantes e ostentava uma estrutura urbana complexa com aquedutos e diques. Na mesma época, Paris tinha cerca de 200 mil habitantes e Veneza, 105 mil. Apenas cinco cidades da Europa tinham mais de 100 mil habitantes naquela época. “A comparação aliada à identificação quantitativa permite ao aluno ver o mundo a partir de uma outra proporção”, explica Janice Theodoro da Silva, professora aposentada da da FFLCH-USP (Departamento de História).


Contextualização 

O que é: Localizar momentos e lugares específicos em que determinados fatos históricos ocorreram no momento de atribuir sentidos e significados.

Como conduzir o aluno nesse processo: O aluno deve identificar o momento em que uma circunstância histórica é analisada e as condições específicas daquela realidade. Um evento não deve ser estudado de forma isolada, mas inserido em um quadro amplo de referências sociais, culturais e econômicas.

Um exemplo: O aluno pode ser estimulado a pensar sobre questões secundárias que ajudarão a construir o contexto. Perguntas a serem feitas:

1. “O que é preciso saber para administrar uma cidade com 1 milhão de habitantes?”
2. “Como aconteceram os processos civilizatórios”

A Base sugere que, em meio aos debates propostos em sala de aula, que sejam destacadas as dicotomias entre Ocidente e Oriente e os modelos baseados na sequência temporal de surgimento, auge e declínio. Ambos dão conta de explicar questões históricas complexas.


Interpretação

O que é: Posicionar-se criticamente sobre o conteúdo estudado em sala de aula. Segundo o texto da Base “interpretações variadas sobre um mesmo objeto tornam mais clara, explícita, a relação sujeito/objeto e, ao mesmo tempo, estimulam a identificação das hipóteses levantadas”.

Como conduzir o aluno nesse processo: Diante de um mesmo fato, os alunos devem ser capazes de levantar diversas  hipóteses e desenvolver argumentos acerca delas. O estudante pode, por exemplo, ser chamado a questionar: “O que torna um determinado evento um marco histórico?”.

Um exemplo: No momento de interpretar, o aluno pode construir argumentos sobre o conteúdo estudado, discutir com os pares e selecionar diferentes proposições. “Pode perguntar e responder questões como: por que o incêndio nas Torres Gêmeas é um marco histórico e um outro incêndio de uma casa em São Paulo não é?”, sugere Janice.


Análise 

O que é: Problematizar a própria escrita da história, considerando as pressões e restrições de que ela também é fruto, da mesma forma como as outras produções da sociedade em que vivemos).

Como conduzir o aluno nesse processo: É possível propor atividades para que os alunos construam hipóteses sobre as questões ideológicas abordadas em sala de aula. Algumas questões norteadoras:

1. “Como foi produzido aquele saber?”
2. “Para que serve?”
3. “Quem o consome?”
4. “Seu significado se alterou no tempo e no espaço?”

Um exemplo: Ao se deparar com um fato histórico, além de conhecê-lo, o aluno deve ser capaz de compreender que é um produto de um embate de forças que resulta na elaboração de significados, que podem ser reinterpretados. É interessante que o estudante reconheça as tenso?es sociais, culturais, religiosas, poli?ticas e econo?micas intrínsecas ao processo de formação das sociedades que se sucederam ao longo do tempo. Ao analisar o desenvolvimento de diversos povos, no século 14, por exemplo, é importante que o aluno compreenda que toda a história é contada a partir de uma determinada perspectiva que pode ser desconstruída.

domingo, 2 de maio de 2021

Análise materiais didáticos de História

Fonte confiáveis para pesquisa e utilizados nestes texto:

·         www.webgeo.net.br;

·         https://edocente.com.br/importancia-do-livro-didatico-na-pratica-pedagogica/ 








O livro didático ainda é o recurso mais utilizado pelos professores da educação básica, embora não seja o único. O acesso ao livro didático é um direito do aluno da educação básica no Brasil, garantido por diversos dispositivos legais, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e vários outros decretos, portarias e resoluções do Ministério da Educação (MEC).  

Só em 2019 foram distribuídos mais de 126 milhões de livros didáticos que beneficiaram mais de 35 milhões de alunos em todo o país, segundo dados do Fundeb. Isso se deve, principalmente, devido às políticas de distribuição gratuita para escolas públicas conquistadas pelo Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), criado em 1985. 

Devido a sua presença em praticamente todas as escolas públicas brasileiras, o livro didático ainda é a principal ferramenta utilizada no processo de ensino e aprendizagem. Neste artigo, vamos falar mais detalhadamente sobre a importância do livro didático na prática pedagógica e como fazer dele um aliado no dia a dia da sala de aula. 

 

LIVRO DIDÁTICO E A SUA IMPORTÂNCIA NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

 Mais do que uma simples ferramenta, o livro didático é um importante parceiro do professor na hora de ensinar e do aluno na hora de aprender.  

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (PCN) também destacam a importância do livro didático: 

 

“O livro didático é um material de forte influência na prática de ensino brasileira. É preciso que os professores estejam atentos à qualidade, à coerência e a eventuais restrições que apresentem em relação aos objetivos educacionais propostos. Além disso, é importante considerar que o livro didático não deve ser o único material a ser utilizado, pois a variedade de fontes de informação é que contribuirá para o aluno ter uma visão ampla do conhecimento.”

 

Acesso a recursos pedagógicos

 Grande parte dos alunos da educação básica brasileira encontram no livro didático o único acesso ao conhecimento. De acordo com dados do Censo Escolar 2017, mais de 80% dos professores da rede pública ainda utilizam esse recurso em sala pelo menos uma vez por semana. 

Segundo Marcelo D’Aquino Rosa, doutor em Ensino de Ciências e Matemáticas pela Unicamp: 

 

 “O livro didático pode ter erros conceituais, pode ter abordagens metodológicas não muito boas para trabalhar alguns assuntos, mas tem que se pensar na realidade brasileira de diferenças e pouco acesso a outros recursos, por isso ele ainda é um mal necessário.”

 Como o livro didático ainda é o único recurso para muitos professores e alunos, ele precisa ser bem trabalhado para que se possa aproveitar ao máximo seus benefícios.  

Formação de professores 

O livro didático ainda é elemento formador do professor. Para professores sem formação em licenciatura ou sem muita experiência, o livro acaba servindo como principal guia no seu plano de aula, pois dá mais segurança e define um caminho lógico na jornada que pretende trilhar com seus alunos. 

Ajuda na prática pedagógica diária 

A importância do livro didático nas práticas pedagógicas também se dá porque ele ajuda no planejamento de aulas pelos professores. Os professores, no geral, utilizam o livro didático principalmente para: 

· A preparação de suas aulas, 

· O planejamento anual e  

· Preparar provas e avaliações. 

Geralmente, o Manual do Professor da coleção de livros escolhidos traz as bases teóricas e as concepções de ensino que inspiraram seu desenvolvimento e sugestões e orientações didáticas que o professor pode implantar em sala de aula. O desafio, portanto, é saber como utilizá-lo de forma estratégica durante as aulas. 

 COMO USAR O LIVRO DIDÁTICO NA SALA DE AULA

 O livro didático não deve ser usado de qualquer forma. É importante que o professor planeje como ele será utilizado, para que ele não engesse seu plano de aula ou retire sua autonomia enquanto educador, mas que sirva de ferramenta para suportar suas práticas pedagógicas. 

Adapte o livro ao discurso e à realidade local de cada escola 

Os livros didáticos não são elaborados pelas editoras pensando em dar conta da variedade de discursos e até mesmo de currículo presentes nas escolas brasileiras, ainda mais considerando o tamanho geográfico do país, sua diversidade cultural e diferenças sociais. 

Portanto, é importante que, mesmo após selecionar os livros que serão utilizados na escola, os professores adaptem os conteúdos e os conceitos presentes no material para a realidade escolar e para a filosofia que utiliza no seu processo de ensino. 

Adeque o livro à realidade de cada turma 

O professor não deve utilizar o livro didático da mesma forma em todas as turmas em que atua. Sua tarefa é compreender as necessidades de cada uma e adaptar seu uso. Enquanto algumas turmas precisam de mais leituras dos conteúdos do livro, outras podem usá-lo mais para fazer exercícios.  

Como o professor possui contato direto com cada turma e cada aluno, ele está mais apto a identificar essas necessidades e atuar conforme elas. Se for preciso, é interessante recorrer à coordenação pedagógica da escola, para ela possa dar suporte a esse processo de adaptação, ou mesmo a outros professores da mesma turma. 

 

Amolde o livro para cada aula

 Mesmo que cada escola e turma exija usos diferenciados de cada livro, cada aula também apresentará necessidades de uso diferente de cada livro em cada disciplina. É necessário, portanto, adaptar o uso do livro ao que foi planejado no plano de aula do dia, mesmo que seja necessário pular alguns exercícios, inverter a ordem dos conteúdos etc. O professor é o responsável por determinar como o livro será utilizado na sua aula e não o contrário. 

Se a aula exige melhor compreensão de conceitos, a utilização do livro didático deve ser planejada para este fim: o professor pode promover leituras coletivas, rodas de conversa com base nas leituras dos conceitos, utilizar as imagens e recursos gráficos presentes no livro para ilustrar o conceito etc. 

 

Incentive o uso fora de sala de aula

 Como alguns alunos só têm o livro como material didático, é importante que o professor preveja atividades extraclasse em que os estudantes utilizem o livro didático e o percebam como extensão da escola e de seu processo de aprendizagem. 

Nesse caso, o professor pode selecionar partes dos conteúdos do livro que considere complementar ao principal tema da aula para que os alunos estudem fora de sala e preparem algum trabalho para entregar na aula seguinte ou apresentar para o restante da turma.

  

ENTENDA O QUE É LIVRO DIDÁTICO

 O livro didático são livros utilizados nas matérias da escola e que servem para dar suporte ao processo de ensino e aprendizagem. Segundo os belgos Gérard e Roegiers, o livro didático é “um instrumento impresso, intencionalmente estruturado para se inscrever num processo de aprendizagem, com o fim de lhe melhorar a eficácia”. 

CONCLUSÃO

 O livro é aliado tanto do professor quanto do aluno, mas não deve ser o fator determinante nem do planejamento da escola nem do plano de aula do professor. Pelo contrário: o ideal é adaptar seu uso conforme a necessidade do currículo, da escola, da turma e de cada aula. 

Por fim, o livro didático ainda é muito importante na realidade da educação básica brasileira e sua função vai muito além do que servir apenas como instrumento de ensino, mas é também ferramenta fundamental na formação da cidadania dos estudantes. 

Para fazer um bom uso do livro didático, é fundamental que o professor se mantenha atualizado. Baixe gratuitamente a edição de 2019 do Caderno Pedagógico e confira alguns detalhes sobre as novidades trazidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 

Análise de material didático de Geografia

 Fonte confiáveis para pesquisa e utilizados nestes texto:

·         www.webgeo.net.br;

·         https://edocente.com.br/importancia-do-livro-didatico-na-pratica-pedagogica/ 







O livro didático ainda é o recurso mais utilizado pelos professores da educação básica, embora não seja o único. O acesso ao livro didático é um direito do aluno da educação básica no Brasil, garantido por diversos dispositivos legais, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e vários outros decretos, portarias e resoluções do Ministério da Educação (MEC).  

Só em 2019 foram distribuídos mais de 126 milhões de livros didáticos que beneficiaram mais de 35 milhões de alunos em todo o país, segundo dados do Fundeb. Isso se deve, principalmente, devido às políticas de distribuição gratuita para escolas públicas conquistadas pelo Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), criado em 1985. 

Devido a sua presença em praticamente todas as escolas públicas brasileiras, o livro didático ainda é a principal ferramenta utilizada no processo de ensino e aprendizagem. Neste artigo, vamos falar mais detalhadamente sobre a importância do livro didático na prática pedagógica e como fazer dele um aliado no dia a dia da sala de aula. 

 

LIVRO DIDÁTICO E A SUA IMPORTÂNCIA NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

 Mais do que uma simples ferramenta, o livro didático é um importante parceiro do professor na hora de ensinar e do aluno na hora de aprender.  

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (PCN) também destacam a importância do livro didático: 

 

“O livro didático é um material de forte influência na prática de ensino brasileira. É preciso que os professores estejam atentos à qualidade, à coerência e a eventuais restrições que apresentem em relação aos objetivos educacionais propostos. Além disso, é importante considerar que o livro didático não deve ser o único material a ser utilizado, pois a variedade de fontes de informação é que contribuirá para o aluno ter uma visão ampla do conhecimento.”

 

Acesso a recursos pedagógicos

 Grande parte dos alunos da educação básica brasileira encontram no livro didático o único acesso ao conhecimento. De acordo com dados do Censo Escolar 2017, mais de 80% dos professores da rede pública ainda utilizam esse recurso em sala pelo menos uma vez por semana. 

Segundo Marcelo D’Aquino Rosa, doutor em Ensino de Ciências e Matemáticas pela Unicamp: 

 

 “O livro didático pode ter erros conceituais, pode ter abordagens metodológicas não muito boas para trabalhar alguns assuntos, mas tem que se pensar na realidade brasileira de diferenças e pouco acesso a outros recursos, por isso ele ainda é um mal necessário.”

 Como o livro didático ainda é o único recurso para muitos professores e alunos, ele precisa ser bem trabalhado para que se possa aproveitar ao máximo seus benefícios.  

Formação de professores 

O livro didático ainda é elemento formador do professor. Para professores sem formação em licenciatura ou sem muita experiência, o livro acaba servindo como principal guia no seu plano de aula, pois dá mais segurança e define um caminho lógico na jornada que pretende trilhar com seus alunos. 

Ajuda na prática pedagógica diária 

A importância do livro didático nas práticas pedagógicas também se dá porque ele ajuda no planejamento de aulas pelos professores. Os professores, no geral, utilizam o livro didático principalmente para: 

· A preparação de suas aulas, 

· O planejamento anual e  

· Preparar provas e avaliações. 

Geralmente, o Manual do Professor da coleção de livros escolhidos traz as bases teóricas e as concepções de ensino que inspiraram seu desenvolvimento e sugestões e orientações didáticas que o professor pode implantar em sala de aula. O desafio, portanto, é saber como utilizá-lo de forma estratégica durante as aulas. 

 COMO USAR O LIVRO DIDÁTICO NA SALA DE AULA

 O livro didático não deve ser usado de qualquer forma. É importante que o professor planeje como ele será utilizado, para que ele não engesse seu plano de aula ou retire sua autonomia enquanto educador, mas que sirva de ferramenta para suportar suas práticas pedagógicas. 

Adapte o livro ao discurso e à realidade local de cada escola 

Os livros didáticos não são elaborados pelas editoras pensando em dar conta da variedade de discursos e até mesmo de currículo presentes nas escolas brasileiras, ainda mais considerando o tamanho geográfico do país, sua diversidade cultural e diferenças sociais. 

Portanto, é importante que, mesmo após selecionar os livros que serão utilizados na escola, os professores adaptem os conteúdos e os conceitos presentes no material para a realidade escolar e para a filosofia que utiliza no seu processo de ensino. 

Adeque o livro à realidade de cada turma 

O professor não deve utilizar o livro didático da mesma forma em todas as turmas em que atua. Sua tarefa é compreender as necessidades de cada uma e adaptar seu uso. Enquanto algumas turmas precisam de mais leituras dos conteúdos do livro, outras podem usá-lo mais para fazer exercícios.  

Como o professor possui contato direto com cada turma e cada aluno, ele está mais apto a identificar essas necessidades e atuar conforme elas. Se for preciso, é interessante recorrer à coordenação pedagógica da escola, para ela possa dar suporte a esse processo de adaptação, ou mesmo a outros professores da mesma turma. 

 

Amolde o livro para cada aula

 Mesmo que cada escola e turma exija usos diferenciados de cada livro, cada aula também apresentará necessidades de uso diferente de cada livro em cada disciplina. É necessário, portanto, adaptar o uso do livro ao que foi planejado no plano de aula do dia, mesmo que seja necessário pular alguns exercícios, inverter a ordem dos conteúdos etc. O professor é o responsável por determinar como o livro será utilizado na sua aula e não o contrário. 

Se a aula exige melhor compreensão de conceitos, a utilização do livro didático deve ser planejada para este fim: o professor pode promover leituras coletivas, rodas de conversa com base nas leituras dos conceitos, utilizar as imagens e recursos gráficos presentes no livro para ilustrar o conceito etc. 

 

Incentive o uso fora de sala de aula

 Como alguns alunos só têm o livro como material didático, é importante que o professor preveja atividades extraclasse em que os estudantes utilizem o livro didático e o percebam como extensão da escola e de seu processo de aprendizagem. 

Nesse caso, o professor pode selecionar partes dos conteúdos do livro que considere complementar ao principal tema da aula para que os alunos estudem fora de sala e preparem algum trabalho para entregar na aula seguinte ou apresentar para o restante da turma.

  

ENTENDA O QUE É LIVRO DIDÁTICO

 O livro didático são livros utilizados nas matérias da escola e que servem para dar suporte ao processo de ensino e aprendizagem. Segundo os belgos Gérard e Roegiers, o livro didático é “um instrumento impresso, intencionalmente estruturado para se inscrever num processo de aprendizagem, com o fim de lhe melhorar a eficácia”. 

CONCLUSÃO

 O livro é aliado tanto do professor quanto do aluno, mas não deve ser o fator determinante nem do planejamento da escola nem do plano de aula do professor. Pelo contrário: o ideal é adaptar seu uso conforme a necessidade do currículo, da escola, da turma e de cada aula. 

Por fim, o livro didático ainda é muito importante na realidade da educação básica brasileira e sua função vai muito além do que servir apenas como instrumento de ensino, mas é também ferramenta fundamental na formação da cidadania dos estudantes. 

Para fazer um bom uso do livro didático, é fundamental que o professor se mantenha atualizado. Baixe gratuitamente a edição de 2019 do Caderno Pedagógico e confira alguns detalhes sobre as novidades trazidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 

domingo, 18 de abril de 2021

Perspectivas de infância - Parte 2

Fonte do texto: https://www.primeiros1000dias.com.br/ser-crianca-hoje-historia#:~:text=WhatsApp%20Facebook%20Twitter-,A%20inf%C3%A2ncia%20nem%20sempre%20recebeu%20tanta%20import%C3%A2ncia%20quanto%20hoje.,o%20fundamental%20direito%20%C3%A0%20vida.&text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20a%20crian%C3%A7a%20era,tanto%20quanto%20os%20mais%20velhos.

A infância nem sempre recebeu tanta importância quanto hoje. Ser criança no século 21 significa ter uma série de direitos como educação, saúde, nutrição e o fundamental direito à vida.

Mas séculos antes, durante a Idade Média, a criança não recebia o mesmo tratamento. As taxas de mortalidade após o nascimento eram altíssimas pela falta de preparo para lidar com o parto e os primeiros cuidados. Portanto, era comum que as famílias pouco se apegassem ao pequeno, que poderia sobreviver poucos meses. Além disso, a criança era encarada como um membro da família que deveria ajudar nas tarefas tanto quanto os mais velhos. Ainda durante o século 19, o menor de idade poderia enfrentar longas jornadas de trabalho e muitas vezes não frequentava a escola.

Hoje, principalmente nos países subdesenvolvidos, o poder público ainda não consegue garantir que todas as crianças concluam os estudos e fiquem livres do trabalho infantil, proibido no Brasil. Mas os olhares estão voltados para a valorização da infância e para a sua importância dentro da sociedade.


Ser criança ao longo da história


Toda criança é sempre criança em qualquer lugar do mundo ou em qualquer período histórico. O que varia são as atitudes dos adultos em relação a ela.

Durante a história antiga, a criança era submetida à autoridade do pai. Na educação grega e romana, a família era a responsável por educar os pequenos, considerados inoperantes e incapazes de ter qualquer autonomia.  Posteriormente, já na Idade Média, o papel da criança continuava sendo mínimo.

Na pesquisa acadêmica“História da criança e sua importância na sociedade: dos primórdios aos dias atuais”, as pesquisadoras Amanda Maria Vieira Andrade, Galena Melo Freire de Carvalho e Rosana Santos Pereira afirmam que o nascimento de uma criança na Idade Média era cercado de rituais e cuidados para que sobrevivesse. Havia uma expectativa em torno do nascimento, mas também uma ignorância em relação a forma de correta de tratar o início da vida. Como o conhecimento científico era escasso, toda a primeira infância era marcada pelo risco de que o bebê não sobrevivesse, e isso, de fato, era bem comum.

Assim como a gestação e o nascimento, que eram amparados em crenças e rituais, a educação se pautava pelo imaginário religioso, e não pela ciência e pela racionalidade. Era orientada pela fé, realizada dentro de instituições como mosteiros e catedrais. Santo Agostinho considerava a infância um “mal necessário” e pintava uma imagem dramática: a criança era um ser imperfeito que carregava impureza. Por outro lado, o cristianismo também a encarava como um ser inocente que precisava de orientação para seguir os caminhos corretos – o que cercava sua vida de tensão.

Durante as expansões marítimas, no século 14, a criança era vista como um pequeno adulto que poderia servir como mão de obra nas embarcações. Ela ficava exposta à fome, doenças, naufrágios e guerras. “A total falta de respeito à infância marcou para sempre a memória da história da criança. Olhar os infortúnios destas ante a total inércia dos seus algozes demonstra a falta de sentimento e importância que norteava a visão de infância”, diz a pesquisa.

Posteriormente, na Renascença (período entre os séculos 14 e 16), uma nova concepção do homem na sociedade mudou a forma de encarar a infância. A criança passou a ir para a escola e a integrar uma sala de aula, onde era educada com disciplina e rigor.

Na Modernidade, a criança finalmente deixa de ser inerte dentro da sociedade e sai do anonimato. No século 17, com o iluminismo, surge a primeira concepção de infância. O adulto passa a dar mais atenção para essa fase da vida e a tratá-la com mais cuidado. No artigo “A construção social do conceito de infância: uma tentativa de reconstrução historiográfica”, os autores Cláudia Terra do Nascimento, Vantoir Roberto Brancher e Valeska Fortes de Oliveira afirmam:

“Pode-se perceber, portanto, que até o século 17, a ciência desconhecia a infância. Isto porque não havia lugar para as crianças nesta sociedade. Fato caracterizado pela inexistência de uma expressão particular para elas. Foi então, a partir de ideias de proteção, amparo e dependência que surge a infância”.


Ser criança hoje


Entre os séculos 19 e 20  foram criados os primeiros Estatutos da Criança. São conjuntos de regras que determinam seus direitos e metas para o desenvolvimento pleno. A infância passou a ser dividida por fases e foi criado o conceito de adolescência. Em 1959, a ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou a “Declaração Universal dos Direitos da Criança”, que inclui direitos como igualdade, escolaridade gratuita e alimentação.

A criança ocupa lugar de destaque na sociedade. De acordo com a tese acadêmica “O conceito de infância no decorrer da história”, de Laura Bianca Caldeira, criou-se uma consciência sobre a importância das experiências durante a primeira infância. Para que sejam as melhores possíveis, há uma série de políticas públicas e programas que ampliam as condições para sua cidadania.

ideal de infância do século 21 traz a imagem de uma criança feliz, saudável e inteligente, que tem a chance de desenvolver seu potencial máximo desde o início da vida. Ao longo dos anos, conclui etapas baseadas em estudos e brincadeiras.

Mas apesar de tanta evolução, ainda restam dúvidas sobre o tratamento dado às crianças nos dias atuais. No que diz respeito à educação, por exemplo, a desigualdade começa ainda na primeira infância. Segundo o IBGE, quase 30% das crianças mais pobres do Brasil estavam fora da escola em 2013. Outra pesquisa, feita pela Fundação Abrinq em 2016, revela que houve um aumento de 143 mil crianças e adolescentes ocupados pelo trabalho infantil entre 2013 e 2014. Mais de 60% vivem nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.