Introdução ao espaço agrário do território europeu – 9º ano
Orientação: Não há necessidade de devolver, cole em seu caderno e use para
estudar!
Objetivo central: Identificar aspectos gerais do espaço agrário do território europeu.
Texto base: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/politica-agricola-europeia.htm
A agricultura na União Europeia caracteriza-se pelo pequeno tamanho médio das propriedades, menor do que na maior parte dos outros continentes. Essa questão está muito relacionada com o processo histórico que constituiu a agricultura da Europa, atualmente marcada pelo predomínio das posses familiares e pela alta valorização das terras, o que ocorre em virtude das elevadas densidades demográficas.
Há também uma especialização das produções,
que se alteram conforme os tipos climáticos. Tal fator, somado aos constantes
subsídios fornecidos pelos governos aos agricultores, contribui para a menor
concorrência entre os produtores. A diversidade espacial produtiva, no entanto,
varia conforme as condições geomorfológicas e atmosféricas de cada localidade.
Uma dos elementos mais marcantes da agricultura da Europa
é a PAC (Política Agrícola Comum), um conjunto de medidas
criado em 1962 com o intuito de manter o abastecimento de produtos
alimentícios, conter ou controlar o êxodo rural e o consequente crescimento das
cidades, além de difundir medidas de controle dos recursos naturais e a preservação
do meio ambiente.
Além desses objetivos, a PAC também buscou garantir à Europa a autossuficiência na produção de alimentos, diminuindo a dependência do continente em relação às importações a fim de garantir uma maior estabilidade no mercado interno. No entanto, em razão dos excedentes e acúmulos de estoques, com a consequente queda dos preços e diminuição do lucro dos agricultores, o programa passou por sucessivas revisões em seus tratados.
Outro mérito da PAC, além de ampliar a
produção de alimentos, foi o de garantir o seu livre escoamento por todos os
membros da União Europeia sem promover a concorrência feroz entre os produtores
dos diferentes países. Isso foi conseguido através da política de fixação de
preços, colocados sempre em um patamar menor àqueles advindos de países não
membros desse bloco econômico.
O principal problema das ações promovidas
pela Política Agrícola Europeia diz respeito às suas contestações no comércio
internacional. Vários países que são muito dependentes das exportações de
produtos primários – incluindo o Brasil – acionaram a OMC (Organização Mundial
do Comércio), acusando a Europa de praticar políticas protecionistas. Com isso,
os favorecimentos aos agricultores nacionais promoveram uma desvantagem para
aqueles que exportavam os produtos para a União Europeia.
Outra questão que colocou o funcionamento da
PAC em xeque foi a adesão de novos membros no início dos anos 2000, alguns
deles de economias menos desenvolvidas, a exemplo dos países do Leste Europeu.
Com isso, houve uma impossibilidade estrutural e econômica de manter os
benefícios dessa política aos agricultores dos novos associados ao bloco.
Diante desse panorama, em 2003, a PAC passou
por uma nova e profunda revisão. Na esteira dessa questão, os subsídios aos agricultores
não foram cortados, mas as metas foram modificadas: em vez de focar na
quantidade da produção, passou-se a observar a qualidade dos gêneros agrícolas
produzidos internamente, além dos vários benefícios destinados àqueles
produtores que garantiam a preservação do meio ambiente e dos recursos
naturais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui...