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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Napoleão Bonaparte a Revolução Francesa

Fonte: 
Napoleão Bonaparte: https://www.todamateria.com.br/napoleao-bonaparte/
Revolução Francesa: https://www.todamateria.com.br/revolucao-francesa/

Napoleão Bonaparte (1769-1821) foi um militar, líder político e imperador dos franceses.
Instituiu o Império Napoleônico e conquistou um vasto território para a França.

 

Napoleão e a obsessão pelo Egito!

Biografia


A ascensão de Bonaparte ao poder foi consequência direta da crise ocorrida na França no final do século XVIII. Naquele momento havia a busca por um regime de liberdade política e igualdade de direitos.
Coube a Napoleão a tarefa de consolidar internamente e difundir externamente algumas das principais conquistas da Revolução Francesa (1789-1799).
A expansão territorial da “Era Napoleônica” teve como objetivo o fortalecimento do Estado francês. Desta maneira eram divulgadas ideias liberais que enfraqueciam seus adversários (em geral monarquias) e se criavam um grande mercado para os produtos do país.
Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio, capital da Córsega, ilha recém-adquirida pela França à República de Gênova, no dia 15 de agosto de 1769.

Carreira Militar e Política

Estudou em Ajaccio e com 10 anos de idade seguiu para o colégio militar de Brienne, França. Em 1784, ingressou como bolsista na Escola Real Militar, no Campo de Marte, em Paris, onde começou sua carreira. Com 16 anos foi graduado subtenente de artilharia.
Fiel à monarquia e à disciplina militar, inicialmente se posicionou contra a Revolução Francesa. No entanto, logo mudou de lado, entrando para o Clube Jacobino, grupo político de maior evidência no final de 1791.
Em 1794, a reação dos moderados acabou com o grupo. Napoleão, apesar da patente de general de brigada, obtida no ano anterior na defesa de Toulon, não escapou da prisão, que durou só quinze dias.
Em 1795, é nomeado comandante do Exército francês, quando derrota os revoltosos partidários da monarquia. Nessa época conhece Josefina Beauharnais, viúva de um nobre guilhotinado na Revolução e mãe de dois filhos. Casam-se no dia 9 de março de 1796.
Dois dias depois, parte para campanhas vitoriosas na Itália e Áustria, retornando a Paris aplaudido pela multidão. Em seguida vai para o Egito (1798-1799), que é tomado numa rápida campanha.
Volta a Paris em 1799 e encontra a França ameaçada por uma guerra civil.

O Consulado (1799-1802)

 

Napoleão Bonaparte, aclamado pelo povo como herói nacional, no dia 9 de novembro de 1799, promoveu num golpe de Estado o “Golpe do 18 de Brumário”.
Nesta data, ele derrubou o Diretório, dissolveu a Assembleia e assumiu o governo. Implantou o regime de Consulado e foi nomeado Primeiro Cônsul.
Em 1800 aprovou, em plebiscito, uma Constituição. Em 1802, assinou a paz de Amiens com a Inglaterra.
Neste período, fundou o Banco da França e organizou sua obra mais relevante: O Código Civil. Inspirado no Direito Romano, esse corpo de leis continua, em sua essência, em vigor até hoje.
Vitorioso interna e externamente, recebe o título de Cônsul-Vitalício.
Leia mais sobre a Era Napoleônica.

Napoleão e o Império

 

Por referendo, Napoleão Bonaparte se faz Imperador, coroado pelo Papa Pio VII, no dia 2 de dezembro de 1804. Torna-se Napoleão I, Imperador da França.
Estabelecido pelo Senado, em nome da República, o Império seria exercido com mão de ferro. Napoleão instituiu o Código Comercial e o Código Penal.
O equilíbrio interno conquistado possibilitou a Napoleão pôr em prática seu plano principal: fazer da França a maior potência do continente.
Várias vitórias se seguiram e deram ao imperador o controle de quase toda e Europa central.
Para enfraquecer a Inglaterra, Napoleão decretou o Bloqueio Continental, forçando os países europeus a fecharem os portos ao comércio inglês.
Essa medida garantia exclusividade da indústria francesa nos mercados da Europa. Em 1807 e 1808, Bonaparte invadiu primeiro a Espanha e depois Portugal.
Com um exército que parecia imbatível, por volta de 1810, quase toda a Europa ocidental estava sob seu domínio. A grande exceção era a Inglaterra.
Nesse ano, já separado de Josefina, casa-se com a arquiduquesa Maria Luísa da Áustria, filha de Francisco II e irmã de D. Leopoldina - esposa de D. Pedro I, e primeira imperatriz do Brasil.
Com a arquiduquesa Maria Luísa teria um filho, Napoleão II, que faleceu aos 21 anos.

Guerra com o Império Russo


Em 1812, os russos romperam o bloqueio contra a Inglaterra. Em represália, Napoleão invadiu a Rússia, com um exército de 600 mil homens.
Chega a Moscou e encontra a cidade incendiada pelos próprios russos. Suas tropas não conseguem resistir ao rigoroso inverno russo. Vencido, ele retira-se.
Apenas 30 mil deles conseguem voltar à França. Nesse mesmo ano a França é invadida e Napoleão acabou renunciando ao poder em 1814, sendo exilado na ilha de Elba, no Mediterrâneo.

Governo dos Cem Dias


Em março de 1815, Napoleão foge e entra em Paris, aplaudido pelo povo e pelas tropas, indignadas com a restauração da monarquia dos Bourbons.
Por cem dias reassume o poder, mas é de novo derrotado, desta vez definitivamente, na Batalha de Waterloo, pelos ingleses e seus aliados.
As nações vitoriosos, por sua parte, se reúnem no Congresso de Viena para redesenhar o mapa europeu.
Em seguida é levado como prisioneiro para a ilha de Santa Helena, na costa africana, onde morreu no dia 5 de maio de 1821.
Seus restos mortais encontram-se no Panteão dos Inválidos, em Paris.
Saiba mais sobre as Guerras Napoleônicas.

Revolução Francesa (1789)


Revolução Francesa, iniciada no dia 17 de junho de 1789, foi um movimento impulsionado pela burguesia e que contou com uma importante participação dos camponeses e das massas urbanas que viviam na miséria.
Em 14 de julho de 1789, a massa urbana de Paris tomou a prisão da Bastilha desencadeando profundas mudanças no governo francês.

Contexto Histórico

 

No final do século XVIII, a França era um país agrário, com a produção estruturada no modelo feudal. Para a burguesia e parte da nobreza era preciso acabar com o poder absoluto do rei Luís XVI, cujo reinado teria arruinado a economia francesa.
Enquanto isso, do outro lado do Canal da Mancha, a Inglaterra, sua rival, desenvolvia o processo de Revolução Industrial.

Fases da Revolução Francesa

 

Para fins de estudo dividimos a Revolução Francesa em três fases:
·         Primeira fase (1789-1792): Monarquia Constitucional;
·         Segunda fase (1792-1794): Convenção - 1792/1793 e Terror;
·         Terceira fase (1794-1799): Diretório.

Causas

 

A burguesia francesa, preocupada em desenvolver a indústria no país, tinha como objetivo destruir as barreiras que restringiam a liberdade de comércio internacional. Desta forma, era preciso que se adotasse na França, segundo a burguesia, o liberalismo econômico.
A burguesia exigia também a garantia de seus direitos políticos, pois era ela quem sustentava o Estado, posto que o clero e a nobreza estavam livres de pagar impostos.
Apesar de ser a classe social economicamente dominante, sua posição política e jurídica era limitada em relação ao Primeiro e ao Segundo Estados.

Iluminismo


iluminismo surgiu na França, se propagou entre os burgueses e propulsionou o início da Revolução Francesa.
Este movimento intelectual destinava duras críticas às práticas econômicas mercantilistas, ao absolutismo, e aos direitos concedidos ao clero.
Seus autores mais conhecidos foram VoltaireMontesquieuRousseauDiderot e Adam Smith.

Crise Econômica e Política


A crítica situação econômica, às vésperas da revolução de 1789, exigia reformas urgentes e gerava uma grave crise política. Ocorreu uma onda de falências, acompanhada de desempregos e queda de salários, arruinando o comércio nacional.
As crises econômicas se juntaram às políticas, com demissão de ministros que haviam convocado a nobreza e o clero para contribuírem no pagamento de impostos.
Pressionado pela crise, o rei Luís XVI convoca os Estados Gerais, uma assembleia formada pelas três divisões da sociedade francesa:

  • ·    Primeiro Estado - composto pelo clero;
  • ·    Segundo Estado - formado pela nobreza;
  • ·    Terceiro Estado - composto por todos aqueles que não pertenciam ao Primeiro nem ao Segundo Estado, no qual se destacava a burguesia.     
O Terceiro Estado, mais numeroso, pressionava para que as votações das leis fossem individuais e não por Estado. Somente assim, o Terceiro Estado poderia passar normas que os favorecessem.
No entanto, o Primeiro e o Segundo Estado recusaram esta proposta e as votações continuaram a ser realizadas por Estado.
Desta forma, reunidos no Palácio de Versalhes, o Terceiro Estado e parte do Primeiro Estado (baixo clero) se separam da Assembleia.
Em seguida, declaram-se representantes da nação, formando a Assembleia Nacional Constituinte e jurando permanecer reunidos até que ficasse pronta a Constituição.


Monarquia Constitucional (1789-1792)

 

No dia 26 de agosto de 1789 foi aprovada pela Assembleia a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Esta Declaração assegurava os princípios da liberdade, da igualdade, da fraternidade (“Liberté, égalité, fraternité” - lema da Revolução), além do direito à propriedade.
A recusa do rei Luís XVI em aprovar a Declaração provoca novas manifestações populares. Os bens do clero foram confiscados e muitos padres e nobres fugiram para outros países. A instabilidade na França era grande.
A Constituição ficou pronta em setembro de 1791. Dentre os muitos artigos podemos destacar:

  1. ·   o governo foi transformado em monarquia constitucional;
  2. ·   o poder executivo caberia ao rei, limitado pelo legislativo, constituído pela Assembleia;
  3. ·   os deputados teriam mandato de dois anos;
  4. ·  o voto não teria caráter universal: só seria eleitor quem tivesse uma renda mínima (voto censitário);
  5. ·   suprimiu-se os privilégios e as antigas ordens sociais;
  6. ·   confirmou-se a abolição da servidão e a nacionalização dos bens eclesiásticos;
  7. ·   manteve-se a escravidão nas colônias.

    O Terror (1792-1794)

 

Internamente, a crise começava a provocar divisão entre os próprios revolucionários.
Os girondinos - representantes da alta burguesia, defendiam posições moderadas.
Por sua parte, os jacobinos - representantes da média e da pequena burguesia, constituía o partido mais radical, sob a liderança de Maximilien Robespierre.
Foi assim instalada a ditadura jacobina que introduziu novidades na Constituição como:

·         Voto universal e não censitário;
·         fim da escravidão na colônias;
·         congelamento de preços de produtos básicos como o trigo;
·         instituição do Tribunal Revolucionário para julgar os inimigos da Revolução.

Nessa altura, foram ordenadas a morte, pela guilhotina, de várias pessoas que eram contra a revolução. As execuções tornaram-se um espetáculo popular, pois aconteciam diversas vezes ao dia num ato público.
O próprio rei Luís XVI foi morto desta forma em 1793. Meses depois a rainha Maria Antonieta também foi guilhotinada. Essa fase, entre 1793 e 1794, é conhecida como “O Terror”.

Lei dos Suspeitos aprovava a prisão e a morte cruel dos anti revolucionários. Nessa mesma altura, as igrejas eram encerradas e os religiosos obrigados a deixar seus conventos. Aqueles que recusavam eram executados. Além da guilhotina, os suspeitos eram afogados no rio Loire.
Para os ditadores, essas execuções eram uma forma justa de acabar com os inimigos. Essa atitude causava terror na população francesa que se voltou contra Robespierre e o acusou de tirania.
Nessa sequência, após ser detido, também Robespierre foi executado na ocasião que ficou conhecida como “Golpe do 9 Termidor”, em 1794.

Diretório (1794-1799)

 

A fase do Diretório dura cinco anos de 1794-1799 e se caracteriza pela ascensão da alta burguesia, os girondinos, ao poder. Recebe este nome, pois eram cinco diretores que governavam a França neste momento.
Inimigos dos jacobinos, seu primeiro ato é revogar todas as medidas que eles haviam feito durante sua legislação.
No entanto, a situação era delicada. Os girondinos atraíram a antipatia da população ao revogar o congelamento de preços, por exemplo.
Vários países europeus como a Inglaterra e o Império Austríaco ameaçavam invadir a França a fim de conter os ideais revolucionários. Por fim, a própria nobreza e a família real no exílio, buscavam organizar-se para restaurar o trono.
Diante desta situação, o Diretório recorre ao Exército, na figura do jovem e brilhante general Napoleão Bonaparte para conter os ânimos dos inimigos.
Desta maneira, Bonaparte dá um golpe - o 18 Brumário - onde instaura o Consulado, um governo mais centralizado que traria paz ao país por alguns anos.

Consequências


Napoleão Bonaparte espalhou os ideais da Revolução Francesa através de guerras pela Europa
Em dez anos, de 1789 a 1799, a França passou por profundas modificações políticas, sociais e econômicas.
aristocracia do Antigo Regime perdeu seus privilégios, libertando os camponeses do antigos laços que os prendiam aos nobres e ao clero.
Desapareceram as amarras feudais que limitavam as atividades da burguesia, e criou-se um mercado de dimensão nacional.
A Revolução Francesa foi a alavanca que levou a França do estágio feudal para o capitalista e mostrou que a população era capaz de condenar um rei.
Igualmente, instalou a separação de poderes e a Constituição, uma herança deixada para várias nações do mundo.
Em 1799, a alta burguesia aliou-se ao general Napoleão Bonaparte, que foi convidado a fazer parte do governo.
Sua missão era recuperar a ordem e a estabilidade do país, proteger a riqueza da burguesia e salvá-los das manifestações populares.
Por volta de 1803 têm início as Guerras Napoleônicas, conflitos revolucionários imbuídos dos ideais da Revolução Francesa que teve como protagonista Napoleão Bonaparte.








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